quinta-feira, 4 de março de 2010

Laura Pan

Todos somos um produto da nossa época, somos constantemente influenciados pelas nossas origens, pela nossa sociedade. É na nossa infância que os primeiros traços a carvão e, muito ao de leve, são feitos na tela da nossa vida.
Todos temos marcos de infância, marcos, muito provavelmente, comuns. Quem nunca sorriu ao ver os finais dos contos de fadas, quem nunca desejou voar num tapete mágico, quem nunca sonhou com a casa de gengibre? Pois um dos marcos da minha infância é o de menino que nunca cresce, Peter Pan. Ainda hoje, enquanto tento adormecer ao som do vento, da chuva ou da suavidade do Verão, penso sempre na janela pela qual, a qualquer momento pode irromper aquele eterno menino, pronto para me levar daqui, a voar, até à Ilha do Nunca - segunda estrela à direita, em frente até de manhã! Um local onde não somos atormentados pelas obrigações, pelos horários, pelos adultos, pelo crescimento, pela morte, enfim onde não nos é esfregado na cara constantemente o quão abençoados fomos por termos vida...é-nos simplesmente permitido desfrutá-la!
Um mundo onde se brinca sempre, onde se ri sempre, onde tudo é simples, um local onde não temos que assistir ao sofrimento, nem passar por ele, um local sem doenças, sem fome, sem desgraça, onde para voar não são necessários bilhetes de avião, hélices de helicópteros, foguetões, nem sequer asas, apenas pós de perlimpimpim, um mundo onde o dia começa sempre com um "Era um vez..."e termina sempre com um "E viveram felizes para sempre..."
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