domingo, 31 de janeiro de 2010

8, 7, 6, 5, 4, 3, 2 , 1


7
6
5
4
3
2
1

Hoje acordei no rescaldo de um serão repleto de talento, ontem passei o serão com a Sétima Arte.

Vou falar um pouco dela, uma vez que é uma amiga de longa data, que como todos os outros me magoou, surpreendeu, fez rir, fez chorar, fez amar e odiar, que como todos os outros já jantou comigo, tomou café comigo, adormeceu comigo, embalou-me até, já me ofereceu prendas, mandou mensagens, já gritou comigo, já me apresentou locais, pessoas, flores, planetas, músicas, livros, já me fez pensar, já me aconselhou e nunca pediu nada em troca a não ser visitas assíduas e eu nunca lhe pedi nada em troca a não ser o prazer quase que constante da sua companhia.

Quando a conheci não sei, porque sinto que ela nasceu comigo, saiu, naquela madrugada, naquele dia de outono, do ventre da minha mãe, vínhamos com o cordão umbilical ligado e quando foi cortado só o foi fisicamente. Já partes da nossa alma tinham sido trocadas. Passaram-se muitos anos até nos entendermos, no início dava por mim a inventar sobre ela, acho que não se importava, gostava das minhas interpretações diferentes e únicas. Conheci a Sétima Arte em desenhos animados, a preto e branco, a cores, a negativo... Conheci a Sétima Arte em francês, inglês, português, italiano, russo, alemão, indiano, chinês, japonês... Encontrava-me com a Sétima Arte durante 30 min, 80 min, 2h30, 4h...

Ao início não gostava dela a preto e branco, nem em francês, italiano, russo, alemão, indiano, chinês, japonês. Era quando nos chateava-mo-nos. Mas eu cresci, ela evoluiu. E quando isso aconteceu apreciei o seu todo, hoje posso dizer que até gosto mais do antes da Sétima Arte do que propriamente do agora, mas depois ela apresenta-me "Ágora", "Nine", "Invictus", "O leitor", "O rapaz de pijama às riscas"... e penso ela ainda tem muito para dar. E orgulho-me de ser sua amiga.

Às vezes tenho ciúmes de a partilhar...mas penso que um dia ela não vai ser egoísta a esse ponto, vai-me deixar trabalhar com ela e vai querer precisamente mostrar-me ao mundo, para poder dizer que é minha amiga. E também uma coisa é certa, só trabalhando com ela é que poderemos ficar juntas...para sempre :)


CORTA!



- .... . . -. -..

sábado, 30 de janeiro de 2010

Comboio Regional está a partir

Hoje esperava-me uma viagem pequena,solitária e madrugadora, ao entrar naquele comboio sentia-se o vazio, a ausência de destinos e de pontos de partida a pairar no ar. Uma única passageira a olhar da janela do veículo parado, um vislumbre à velha estação de caminhos de ferro, histórias de pontos de encontro e de desencontros povoaram a minha cabeça. Enfrentava um daqueles períodos de espera em que tendemos a ficar nostálgicos e pensativos, pois estão reunidas todas as condições para tal: um meio de transporte deixado ao abandono, o sol acabado de nascer, a geada que ainda cobre o solo, um local carregado de recordações.
Por fim os restantes passageiros juntam-se a mim nesta viagem à "Terra do Nunca", às memórias que não são nossas. São de todas as idades, as crianças bocejam e amaldiçoam quem os retirou do ninho, os jovens aparentam estar despreocupados com os headphones tentando isolar-se, quando são tão atormentados e perseguidos como os outros, os mais idosos que entram carregados de sacos cujo conteúdo se destina ao dia passado nos seus terrenos. O revisor chega, na sua farda que espanta crianças e não passa despercebida ao suposto alheamento dos adolescentes. Conversa com os homens e mulheres de trabalho, temas banais, mas que permitem a todos os passageiros o desanuviar daquele temível período de isolamento com o nosso cérebro. "Segundo dizem o tempo está bom, menos frio do que ontem, ainda assim a geada é notável, mas em breve derreterá...o Sr.Branco e a esposa estão no lar...a esposa ainda estava viva?...sim sim, estão os dois no lar novo, digo-lhe já que é muito jeitoso."
O revisor caminha para trás e para adiante, não entendo porquê, estará a verificar se está tudo em ordem, ou estará tão ansioso como um menino no primeiro dia de aulas? São 08:43, está na hora, partida. Os rituais que ainda nos distraem, picar e comprar bilhetes, uma pequena piada aos idosos que viajam sem pagar e hei-lo outra vez...o silêncio. Mas agora um silêncio diferente, um silêncio com movimento, um silêncio menos monótono, um silêncio com uma paisagem, um silêncio com uma paisagem que se altera constantemente, depara-mo-nos a tentar apanhar todos os pormenores de cada quadro, mas não é possível, eles são tantos! 1ª Paragem - Tortosendo Novas pessoas que entram, novos bilhetes e novas conversas, talvez até repetidas, velhos conhecidos que se encontram entre paragens e põem a conversa em dia. 2ª Paragem - Alcaria Mais do mesmo, mas agora que estamos habituados ao ritmo e ao silêncio que deixou de ser desconfortável, a última paragem aproxima-se...cada vez mais...3ª Paragem - Fundão Fim da linha...mas será mesmo?


- .... . . -. -..

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Tã Tã tãtãtãtãtãtãtãtã Tã Tã

É tão bom quando chegamos a sexta-feira e pensamos que é dia de ir ao teatro, é dia de entrar numa nova dimensão onde nos sentimos outro, onde vemos alguém suar pelas nossas reacções...É um espaço que pode ser descrito como como acolhedor e vermelho :) The right place to be. Desde o sair do carro naquela rampa atribulada e de sentido único, sentir os pés naquele solo que está sempre molhado e cheio de areia, subir três degraus, pagar 3 euros uma vez que se é jovem, sentir o papel do bilhete e os panfletos que nos dão uma luz sobre o que nos espera, o cheiro a papel imaculado, entrar numa sala intimista, um pequeno bar que transpira inovação, jazz, declamação de poemas, inúmeras tertúlias, tomar o café no copo de plástico enquanto se olha para o relógio com a ânsia do início do espectáculo, caminhar um pouco naquela sala que tem sempre fotos expostas, talvez uma ida à casa de banho (vale mais prevenir que remediar), o nosso bilhete a ser rasgado, descer aquelas escadas íngremes, por fim a sala de espectáculos, palco escuro ou não, terceira fila ao centro, ainda que no teatro moderno já não se oiçam as pancadas de Molière elas ecoam por toda a sala, estão gravadas naquelas paredes, tosses, fechar fechos de carteiras, barulho de casacos e por fim, SILÊNCIO, chega o momento, a viagem que nos espera, até que o fim chega, mas, no entanto, nessa noite quem vai para casa não é a mesma pessoa que saiu do carro no início daquela noite, mas sim a personagem que não nos sai da cabeça, quer seja por bons ou maus motivos, ela está cá e é ela que nessa noite se vai aconchegar nas nossas camas, até que, ao outro dia acordamos e existe um espaço em branco na noite anterior, entre as 23:15 e essa manhã...
Muita merda, merda a todos vós <3

- .... . . -. -..

domingo, 24 de janeiro de 2010

Éternité

Como é que um ser finito e tão limitado, que eu acredito que nós, por vezes, somos cria o eterno, sem se aperceber? Músicas, filmes, livros, palavras, quadros, os ícones com que crescemos! Quem não recorda em alguma situação imitar Marilyn Monroe a segurar o vestido que esvoaça, ou no banho cantarolar "Carmen" de Bizet, ou citar vezes sem conta Hamlet, de Shakespeare "Ser ou não ser eis a questão" imaginando-nos sempre com uma caveira na mão...podia continuar continuar, porque sem dúvidas marcos não faltam. Estes são para mim grandes feitos, são coisas que só de pensar nelas me arrepio, tenho-lhes tanto respeito, devo-lhes tanto do que sou. Graças a Édith Piaf e a tantos outros vejo verdadeiramente La vie en rose, porque é assim que ela tem que ser vista, apesar de haver muito negativismo que obriga a paleta a desviar-se para os cinza e negros cabe-nos a nós erguermos o pescoço, arregaçarmos as mangas e colorirmos a tela do mundo de rosa! A arte é a melhor forma de o fazermos, expressarmo-nos criativamente de modo a criarmos um eterno, mas não um eterno qualquer, um eterno cor-de-rosa :)

"Quand il me prend dans ses bras

Il me parle tout bas,

Je vois la vie en rose.


Il me dit des mots d'amour,

Des mots de tous les jours,

Et ça me fait quelque chose."

- .... . . -. -..

sábado, 23 de janeiro de 2010

If anyone calls tell them i'm in Pluto :)






Quem não gostaria de ter alguém que lhe prometesse um Pequeno Almoço em Plutão? Não interessa na verdade quem, certo? Mas alguém que esteja pronto a prometer-nos este mundo e outro é alguém merecedor de alguma consideração. Este filme mostra beleza numa relação onde muitos não a vêem.

Como seria se sentisse que este corpo não é o meu, que este sexo não é o meu, que esta pele não é a minha, que esta idade não é a minha...olho.me ao espelho e não me vejo...é como manipular um fantoche, não se assemelha nada a nós, mas o q faz e sente deve-se a nós. Imaginem-se assim...meros fantoches controlados por uma mente. Qual a vossa atitude perante tal situação?! Rasgar todo o pano deste fantoche e cosê-lo até ser minimamente fiel aos seus actos! Lógico não?! Pois parece que não, porque quando isto acontece na vida real as pessoas são acusadas de manipular a natureza! São vistas como aberrações! Só por tentarem ser felizes...Agora pergunto-me qual é a maior aberração: alguém que aparenta uma coisa e é outra, ou alguém que é exactamente o que deseja e o que pensa, o que mostra não engana?! Podem-me dizer que esta é uma forma demasiado linear de abordar o problema, mas não será ao contrário? Não serão os outros que o abordam de uma maneira mais complicada?! São necessários psicólogos para analisar a mente destas pessoas que são algo fora do comum, querem mudar o corpo! Bem sempre é uma razão mais válida do que os fanáticos de plásticas que mudam o corpo como eu mudo de camisola, acreditem e eu mudo muita vez de camisola. Penso que ao menos estas são razões mais válida, ou pelo menos menos superficiais...estas pessoas querem seguir o Carpe Diem! E só o poderão fazer quando a sua vivência for um todo, tiverem um corpo e uma mente e não só uma mente e um corpo emprestado! O meu apelo começa a ser repetitivo, mas também as atitudes preconceituosas das pessoas o são, portanto digo não às atitude conservadoras e preconceituosas! Quando se puserem de lado as diferenças já poderemos todos desfrutar de um maravilhoso Breakfast on Pluto :)

- .... . . -. -..

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

I'm not dead...yet

A aceitação da morte é um processo que todos enfrentamos nas nossas vidas. Desde cedo somos confrontados com alusões à única certeza que há neste mundo, ou porque vemos na televisão, ou porque ouvimos numa história de embalar, ou que é o pior ocorre a alguém que nos é próximo, ou ainda mais arrasador acontece-nos! Não posso falar por outros mas, por enquanto, posso falar por mim. O pânico da morte era frequente na minha infância, não sei porquê, só sei que era uma realidade, desatar a chorar por pensar que um dia tudo isto ia acabar...contar pelos pequenos dedos das minhas pequenas mãos a minha idade e reconfortar-me com a ideia de que ainda "faltava muito". Hoje que cresci um pouquinho já estou mais conformada com a questão, apesar de continuar com uma dúvida na minha mente: porquê darem-nos algo que é tão especial como a vida, uma dádiva, para depois de um momento para o outro e maior parte das vezes sem justiça nos tirarem tudo?! Depois de ler as Intermitências da Morte entendi que a vida sem morte era um caos e na verdade o que parece um trabalho tão ingrato é tanto uma dádiva como a vida! Imaginem-se a viver para sempre, sim podiam ver o mundo inteiro, podiam ter os empregos que quisessem...então mas também tinham que viver dia-a-dia com a desgraça, para sempre ver a desgraça, a pobreza, a fome e viver com uma população que não pararia de aumentar aumentar aumentar até nos auto destruirmos! Portanto não amaldiçoemos a finitude antes que sejamos julgados pelo eterno...ah e algo importante em relação à pobre morte: "A propósito, não resistiremos a recordar que a morte, por si mesma, sozinha, sem qualquer ajuda externa, sempre matou muito menos que o homem." (As Intermitências da morte de José Saramago)




- .... . . -. -..

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Quero ser ignorante de tipo B



FORREST
You want a chocolate?
(The nurse shakes her head, a bit apprehensive about this strange man next to her.)
FORREST
I could eat about a million and a half of these.
My momma always said, "Life was like a box of chocolates.
You never know what you're gonna get."
Costumo pensar que o ignorante é o mais feliz, não tem preocupações, não pensa em mudança, não vê o objectivo na leitura de um livro, não entende porquê ocupar o tempo com filmes...Porquê? Ah a vida são dois dias e o Carnaval são três, vamos ser felizes, comer, beber, casar, morrer. Isto é grande parte da sociedade, aos governos convém criar comunidades destas, são mais fáceis de manipular...
Bem para mim Forrest Gump não é um ignorante, mas é alguém que não tem capacidade suficiente para compreender e ver mal nas coisas, logo não tem tanto medo, nem vergonha, nem vaidade, nem ganância, nem inveja, nem preconceito...tudo o que é mau ele não tem. Consegue portanto ser feliz, ignorando a existência de tais perturbações, este é então um ser humano que vai longe, consegue fazer tudo o que quer e parece não ter arrependimentos, para ele não houve o beijo que não deu; a flor que não cheirou; a carta que não escreveu...impulsivo? hum sim. Feliz? sem sombra de dúvidas. Ignorante? Sim, no que toca a ignorar as manchas num ser que podia ser perfeito.
Quem me dera que eu e os que me rodeiam tivéssemos esta capacidade alienar-me da parte obscura do Homem e sorrir perante o nosso brilho, seria um ignorante de tipo B, chamemos-lhe assim, um Forest Gump.
Por isso da próxima vez que me virem não se admirem que esteja sentada numa paragem de autocarros com uma caixa de chocolates a contar a história da minha fantástica vida. Acham que o Forest Gump é egoísta? Não se preocupa com o mundo? Não faz nada para o mudar? Acreditem faz mais ele do que vocês que todos os dias vestem um fato, entram no metro e esperam mudar o mundo a partir do cubículo 143 do 30º andar do 7º prédio da vossa empresa ;)
- .... . . -. -..

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Fever!

Never know how much I love you
Never know how much I care
When you put your arms around me
I get a fever that's so hard to bear
You give me fever (you give me fever) when you kiss me
Fever when you hold me tight (you give me fever)
Fever ... in the mornin'
Fever all through the night
Sun lights up the day time
Moon lights up the night
I light up when you call my name'cause
I know you're gonna treat me right
You give me fever (you give me fever) when you kiss me
Fever when you hold me tight (you give me fever)
Fever ... in the mornin'
Fever all through the night (WOW!!)
Everybody's got the fever
That is somethin' you all know
Fever isn't such a new thing
Fever started long time ago(You give me fever)
Baby, turn on your love light (yeah, yeah)
Let it shine on me (yeah, yeah)
Well, baby, turn on your love light (yeah, yeah)
And let it shine on me (yeah, yeah)
Well, just a little bit higher (yeah, yeah)
And just a little bit brighter, baby (yeah, yeah)
You give me fever (yeah, yeah, yeah, yeah)
You give me fever (yeah, yeah, yeah, yeah)
You give me fever (yeah, yeah, yeah, yeah)
You give me fever.
Peggy Lee
Segunda-Feira:
08:00 - Laura estás com febre, dor de garganta, tosse, nariz entupido, dores musculares, tremes...Não vais à escola. 37,5º
10:00 - Acorda, mede a febre outra vez, 4 minutos. 37,7º
Alguns comprimidos mais tarde...
13:00 - Tens fome? Mas tens que comer, então?! 37,3º
zzzZZZZZZZZZZZzzzzzzzz
15:30 - Então estás melhorzinha? 37,1º
Com algumas novelas e programas da tarde pelo meio... (--' típica programação de doença)
17:00 - Tens de lanchar...vá lá :) 37,7º
Torrada
18:00 - 19:30 - sms "Tas melhor? Amanha já vens? Qeq tens?" (Obrigada :))
20:00 - Comes uma sopinha? 38,1º
Não, não comi a sopa
00:20 - Mãããããe! 39º
Pills...
01:10 - 38,8º
01:40 - 37,5º
Noite de suores frios.
Cura: Repita esta rotina três vezes - Segunda, Terça, Quarta. Deixe de vegetar Quinta-Feira!
- .... . . -. -..
Muito Obrigada pela paciência e carinho mãe :)

domingo, 17 de janeiro de 2010

World am I allowed to love Pumpkin?!

"If you go away on this summer's day,

Then you might as well take the sun away

All the birds that flew in the summer sky

When our love was new and our hearts were high

When the day was young and the nights were long

And the moon stood still for the night bird's song

If you go away, if you go away, if you go away.


But if you stay, I'll make you a day

Like no day has been, or will be again

We'll sail on the sun, we'll ride on the rain

And talk to the trees and worship the wind

But if you go, I'll understand

Leave me just enough love to fill up my hand

If you go away, if you go away, if you go away."

E o que é o amor se não tudo o que esta música representa?! Esta música faz parte de um filme chamado "Pumpkin", que pode não ser uma obra brilhante, mas que foca sem dúvida um tema importante, o amor e os seus limites. O amor deveria ter limites? Se sim quem é que os dita? O caso neste filme é basicamente uma jovem (interpretada por Christina Ricci) que se apaixona por um rapaz retardado ( Hank Harris). Obviamente é uma relação que traz muita controvérsia, mas pergunto-me porquê? Ultimamente um assunto que não pára de ser discutido é o casamento homossexual, mas porquê a discussão? Nunca vi ninguém discutir o casamento heterossexual! As pessoas agarram-se a argumentos como a biologia (ciência criada por nós), a religião (doutrina criada por nós), a psicologia (ciência criada por nós) para atacar, na verdade, o amor, algo que quer nós existissemos ou não estaria sempre presente, a única coisa em que nós contribuimos no amor foi em passar de conceito a termo:

Amor; Love; Amour; Amore; Liefde; Dashuria; Liebe; حب; любоў; 愛

etc...

Tantas maneiras de o dizer, tantas maneiras de o julgar! O amor ultrapassa os sexos, grau de inteligência e, como popularmente se diz, idade, é simplesmente mais do que isso mais do que isso! Já é hora de ganharmos um pouco mais de consideração pela raça humana e parar de nos equiparar a coelhinhos que vivem para a reprodução! Nós somos mais do que isso! Está na altura de erradicar palavras como preconceituoso e conservador do nosso vocabulário, conceitos que nada têm que ver com o amor...eles só existem porque nós os criámos...

(Não quero de maneira nenhuma ofender os coelhinhos, eles não merecem, é só uma analogia inofensiva xD)

- .... . . -. -..

sábado, 16 de janeiro de 2010

500 Days of Summer


SUMMER:

No, I'm not a lesbian. I'm just not comfortable being somebody's "girlfriend." I don't want to be anybody's anything, you know?

MCKENZIEI:

have no idea what you're talking about.

SUMMER:

It sounds selfish, I know, but... I just like being on my own. Relationships are messy and feelings are always getting hurt.Who needs all that? We're young.We're in one of the most beautiful cities in the world.I say, let's have as much fun as we can afford and leave the serious shit for later.



Porque não há nada melhor que ver um filme, ir ao teatro, ler, ouvir música...

500 Days of Summer...

Decidi fazer esta citação porque concordo completamente com ela, no entanto não quer dizer que o faça.

Porque é que insistimos em tentar passarmo-nos por alguém que tem maturidade para uma relação duradoura e calorosa quando na verdade tudo o que fazemos é a mando das hormonas crepitantes que enchem o nosso corpo?! Somos jovens e o que devemos à jovialidade é felicidade, loucura, êxtase, não rancor, nem obrigações!

E porquê a incessante luta por rotular e etiquetar pessoas? "Tu és o meu ..." "Ela é a minha..." EU NÃO QUERO SER NADA DE NINGUÉM! Porque se virmos bem ser algo de alguém ou ter alguém é um contrasenso, uma vez que não nos cabe só a nós decidir se é algo eterno! Nós nem sabemos o que é "eterno" está fora da compreensão do ser humano, ser finito. E se não nos cabe a nós decidir então não é nosso! Não temos poder nenhum!

O meu apelo é: NÃO AOS RÓTULOS! NÃO AO APRISIONAMENTO! Leave the serious shit for later ;)





- .... . . -. -..
Peter <3

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

ZzzzzzzzzzzzZzzzzzzzzZZZZZZZZZzzzzzzzzz




Outro dia numa conversa nocturna casual, antes precisamente de ir para o vale das almofadas, cheguei a uma conclusão que muitos acharão ridícula: DORMIR É UM DESPERDÍCIO DE TEMPO! DORMIR É UM SUICÍDIO DE TEMPO! É um facto que passamos um terço da nossa vida a dormir, à volta de 35 anos! Há tanto para ver e em tão pouco tempo e ainda por cima ainda desperdiçamos o mundo para abraçarmos a posição horizontal, em média, por oito horas diárias. Além disso se não dormirmos o nosso sistema não funciona, é injusto! Inicio aqui a minha rebelião contra o sono!!! Vou criar a minha primeira teoria da conspiração: o sono é uma estratégia governamental criada para impedir as pessoas de aproveitar a vida, pois tendo o dia 24horas, 12h ou mais são passadas a trabalhar para sustentar: uma casa que é aproveitada, no verdadeiro sentido da palavra, 1h ou 2h no máximo por dia; uma família que se reúne 1h por dia! E as outras 8h?! Têm que ser aniquiladas antes que as pessoas se lembrem de, TALVEZ, aproveitar a vida sem ser a queimar células cerebrais com a viciante televisão! Poderiam pensar em viajar, ir ao cinema, PASSAR OITO HORAS A LER e pior ainda: como seria quando começassem...a...PENSAR?! Poderiam aperceber-se de que são exploradas, poderiam tentar mudar as coisas! :0 Onde é que já se imaginou tal coisa? Toca a abraçar Morfeu! Vá toda gente a desligar e como não somos assim tão maus sonhem! O sonho é a única coisa que gosto no dormir...
Bem desejo muito boa noite a todos! -.-'


P.S: Um brinde a conversas únicas com Shahboz/Shaboz/Sharbos/Shabuz/Sheboz/shabboz/Shabozz




- .... . . -. -..

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Na linha fluida da vida individualidade amorfa

Primeiro este título que me atormenta, depois a mulher que grita para eu a encarnar, mas como se eu não a conheço e porque é que me escolheu a mim, ou terei sido eu a escolhê-la?! Imagino-a a falar comigo casualmente num café perdido algures entre dimensões...eu preciso de saber o porquê dela ter chegado a este ponto, porquê tantas dúvidas, tantas contradições...Imagino as palavras dela:
"Sempre tive muito mais medo do silêncio, o silêncio assusta, no silêncio podem estar todos os ruídos e isso não é bom"
Eu identifico-me com ela, mas entendo que talvez nunca teria maturidade para realmente o dizer, não desta maneira, que ainda que simples é tão reveladora...Eu não gosto do silêncio, não gosto de estar sozinha com o meu cérebro é o meu pior inimigo, mas de certeza que não sou a única, todos temos o nosso grilo que nos chama à razão quando nos desviamos do caminho. Pior ainda é quando não nos desviamos e o nosso grilo continua continua continua...Perfeccionismo??
Talvez...
E ela simplesmente continua:
"Das palavras é que não tenho medo nenhum, bla bla bla bla bla bla, não adianta nada. Eles dizem uma coisa e esquecem-se de desligar a parte da pele onde vivem as células de mentir. Dizem: Nós vamos construir um planeta em cima daquele arranha céus!"
uau que conceito, células de mentir! Temos tantas! E pior as células de mentir multiplicam-se e aniquilam as células da veracidade!
Outra coisa é verdade as palavras não adiantam nada...às vezes só magoam!
Vendo esta mulher como uma sábia adulta e madura como posso entrar na pele dela? O que é que eu, uma principiante na arte de viver, vou fazer para ser ela?! Como lhe vou dar voz? Eu preciso de a conhecer, preciso do tal "encontro de terceiro grau imediato" com ela! Vejam bem nem sequer tenho nome para a mulher que tenho que ser às quintas e sextas! Só quando me sentir ela "twenty four seven" é que todos os segredos que agora tanto me perturbam vão ser desvendados...
Até lá uso as palavras de uma aspirante a esta mulher que, ainda que lado a lado, está muito mais perto da meta na "linha fluída da vida" do que eu!
- .... . . -. -..

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Começar do Zero

Tudo é tão difícil quando começa, a novidade assusta, provoca ansiedade...Demorou até conseguir ganhar coragem para começar a passar para "papel" o que diariamente me perturba (no melhor dos sentidos). Inspirada na rotina diária da minha mãe, decidi também eu partilhar as minhas ideias, mas de uma forma não tradicional. Devo confessar que o meu desejo era escrever num daqueles pequenos cadernos de aspecto velho, mas a tecnologia tão dominante hoje em dia mais uma vez mostrou a sua preponderância.Ainda estou reticente quanto à partilha na internet, mas também não posso ser tão presunçosa a ponto de pensar que alguém vá, na verdade, ler o que quer que seja que me dê na cabeça escrever...O que mais me incomoda é que no dia-a-dia sou o tipo de pessoa que tem sempre uma palavra a dizer, no entanto quando se trata de escrever sem ser por obrigação o meu cérebro parece bloquear, a pensar no que escrever - overthinking - com medo do ser julgada pelas palavras escritas...tenho que me começar a habituar a tudo isto, abstrair-me e escrever o que penso, sem perder a genuinidade e vá, também algo importante, a ingenuidade :)Aqui existe uma escapatória a tudo o que há na minha vida! E, sem dúvida, o mais importante:


AQUI FUJO AO LIMITE DE PALAVRAS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA! :DD
- .... . . -. -..