domingo, 24 de janeiro de 2010

Éternité

Como é que um ser finito e tão limitado, que eu acredito que nós, por vezes, somos cria o eterno, sem se aperceber? Músicas, filmes, livros, palavras, quadros, os ícones com que crescemos! Quem não recorda em alguma situação imitar Marilyn Monroe a segurar o vestido que esvoaça, ou no banho cantarolar "Carmen" de Bizet, ou citar vezes sem conta Hamlet, de Shakespeare "Ser ou não ser eis a questão" imaginando-nos sempre com uma caveira na mão...podia continuar continuar, porque sem dúvidas marcos não faltam. Estes são para mim grandes feitos, são coisas que só de pensar nelas me arrepio, tenho-lhes tanto respeito, devo-lhes tanto do que sou. Graças a Édith Piaf e a tantos outros vejo verdadeiramente La vie en rose, porque é assim que ela tem que ser vista, apesar de haver muito negativismo que obriga a paleta a desviar-se para os cinza e negros cabe-nos a nós erguermos o pescoço, arregaçarmos as mangas e colorirmos a tela do mundo de rosa! A arte é a melhor forma de o fazermos, expressarmo-nos criativamente de modo a criarmos um eterno, mas não um eterno qualquer, um eterno cor-de-rosa :)

"Quand il me prend dans ses bras

Il me parle tout bas,

Je vois la vie en rose.


Il me dit des mots d'amour,

Des mots de tous les jours,

Et ça me fait quelque chose."

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